"É que nas veias corre-me basalto negro
E na lembrança vulcões e terramotos"
Foi necessário nova adaptação: às "Ilhas de bruma/Onde as gaivotas vão beijar a terra".
Habituado que estava ao frio de rachar no inverno no Norte de Portugal, e ao calor abrasador
no estio, ao bulício da Invicta, aos hábitos, costumes, tradições, gastronomia e falares, é uma
mudança radical.
Costumava dizer que a única semelhança entre um tripeiro e um Açoriano era a "língua".
Todavia, o falar do Norte tem bastantes subtilidades e características próprias de um povo,
Costumava dizer que a única semelhança entre um tripeiro e um Açoriano era a "língua".
Todavia, o falar do Norte tem bastantes subtilidades e características próprias de um povo,
mais dado a dizer o que pensa sem rodeios ou artifícios. São directos. Dizem o que pensam, pronto.
Usam um linguarejar brejeiro com palavrões que chocam os de fora.
É um facto reconhecido que os palavrões são bem aceites em certas partes do país, como é o caso do Norte de Portugal. Não tem nada de ofensivo. É cultural. E não se pense que apenas é usado pelas classes mais baixas daquela sociedade. Também é ouvido pelos extratos sociais mais elevados.
Mas essas diferenças não se ficam apenas no falar; também são distintas nos nomes das coisas.
Ora vejamos:
No Norte, um papo seco é um bijou,
um refogado é um estrugido,
um pequeno pão de trigo é uma molete,
Um cabide é uma cruzeta,
Um cadeado é uma corrente com que se ata o cão,
Um aloquete é um cadeado,
Conduzir depressa é "andar de gás à tábua",
Um terreno com árvores é uma bouça,
Dobrada é "tripas à moda do Porto",
Quando está frio, está um briol,
Aguça/afia é um apara lápis,
Basqueiro é fazer barulho,
Estar com beiças é estar mal-humorado,
Bergar a mola, é trabalhar,
Biqueiro é pontapé,
Biscate é pequeno trabalho,
Ter uma breca é ter uma cãibra,
Bregalho é pénis,
Bufar é soprar,
Um chaço é um carro velho,
Chibar é revelar um segredo,
Chuço é guarda-chuva,
Cremalheira é dentadura/prótese,
Endrominar é persuadir alguém,
Esbardalhar é cair,
Estar com a rebarba é estar com ressaca,
jeco é um cão,
Dar uma lapada é dar uma chapada,
Levar um pêro é levar um murro,
Magnólia é nêspera,
Naifa é faca,
Não vale um chabeiro é não vale nada,
Picheleiro é canalizador,
Trolha é pedreiro,
Sertã é frigideira,
Sostra é preguiçoso,
Testo é tampa de tacho,
Cimbalino é um café (deriva de uma corruptela da palavra/marca de máquinas de café Italianas
CIMBALI), cimbali-no=cimbalino, café, no Porto.
Alapar é sentar
Estar de beiças é estar mal humorado
Bisga é cuspidela
Breca é cãibra
Arreganhar a tacha é rir e mostrar muito os dentes
Usam um linguarejar brejeiro com palavrões que chocam os de fora.
É um facto reconhecido que os palavrões são bem aceites em certas partes do país, como é o caso do Norte de Portugal. Não tem nada de ofensivo. É cultural. E não se pense que apenas é usado pelas classes mais baixas daquela sociedade. Também é ouvido pelos extratos sociais mais elevados.
Mas essas diferenças não se ficam apenas no falar; também são distintas nos nomes das coisas.
Ora vejamos:
No Norte, um papo seco é um bijou,
um refogado é um estrugido,
um pequeno pão de trigo é uma molete,
Um cabide é uma cruzeta,
Um cadeado é uma corrente com que se ata o cão,
Um aloquete é um cadeado,
Conduzir depressa é "andar de gás à tábua",
Um terreno com árvores é uma bouça,
Dobrada é "tripas à moda do Porto",
Quando está frio, está um briol,
Aguça/afia é um apara lápis,
Basqueiro é fazer barulho,
Estar com beiças é estar mal-humorado,
Bergar a mola, é trabalhar,
Biqueiro é pontapé,
Biscate é pequeno trabalho,
Ter uma breca é ter uma cãibra,
Bregalho é pénis,
Bufar é soprar,
Um chaço é um carro velho,
Chibar é revelar um segredo,
Chuço é guarda-chuva,
Cremalheira é dentadura/prótese,
Endrominar é persuadir alguém,
Esbardalhar é cair,
Estar com a rebarba é estar com ressaca,
jeco é um cão,
Dar uma lapada é dar uma chapada,
Levar um pêro é levar um murro,
Magnólia é nêspera,
Naifa é faca,
Não vale um chabeiro é não vale nada,
Picheleiro é canalizador,
Trolha é pedreiro,
Sertã é frigideira,
Sostra é preguiçoso,
Testo é tampa de tacho,
Cimbalino é um café (deriva de uma corruptela da palavra/marca de máquinas de café Italianas
CIMBALI), cimbali-no=cimbalino, café, no Porto.
Alapar é sentar
Estar de beiças é estar mal humorado
Bisga é cuspidela
Breca é cãibra
Arreganhar a tacha é rir e mostrar muito os dentes
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