Peço às ninfas do Atlântico,
Inspiração arte e engenho,
Para que tão humilde cântico,
Chegue ao alvorecer do empenho.
Das águas revoltas e calmas,
Vós oh tágides aventuradas,
Levantai desse líquido almas,
Que venham saciar minhas moradas!
Vós que vos enleeis de paixões,
Atai também meu diáfano coração,
Levai-me convosco nessas ilusões!
Que, não quero perante meus cãs,
E minha insana aventura ousar,
Ofender Nereida, Zeus ou seus fãs!
(Autor do soneto: Francisco Aurélio Braz)