Numa passagem das suas "Viagens na Minha Terra" de Almeida Garrett, este questionou:
«E eu pergunto aos economistas, políticos, aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir um rico?»
Passados que são 159 anos sobre a sua morte, o escritor e político não precisaria de fazer esta pergunta. Bastar-lhe-ia ver os telejornais, ler jornais e olhar à sua volta para ter a sua resposta.
Segundo o economista Eugénio Rosa, há 4,5 milhões de pobres em Portugal.
"O último relatório deste economista prova que em Portugal 4 488 926 (quase quatro milhões e meio) de portugueses que estariam na situação de pobreza se não fossem as transferências sociais, incluindo as pensões. Os números são do INE e mostram uma realidade alarmante: quase metade do país a afundar-se. Recorde-se que o limiar de pobreza em Portugal é de 5040 euros anuais, ou seja 420 euros a 12 meses (ou, como Eugénio Rosa prefere apresentar, 360 a 14 meses)."
Temos que "o número de indivíduos condenados à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria..." produziram os 25 maiores ricos em Portugal:
quarta-feira, 10 de abril de 2013
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