O ódio é um sentimento contrário ao amor, conflituoso, tempestuoso, arrogante, vil, cobarde e mesquinho, que corrói as relações humanas.
É como um veneno que o indivíduo toma e fica à espera que o outro morra.
Alimenta-se de pequenas querelas, ciúme, inveja, mal-entendidos, interesses, arrogância e demonstra a incapacidade que a pessoa tem em relação à superioridade do odiado.
Quando nascemos, somos como um diamante em bruto; se não for correctamente lapidado nunca terá o estatuto de pedra preciosa; não passará de um pedaço de cristal qualquer.
E essa "lapidação" passa pela maior ou menor capacidade que o indivíduo tem em se deixar burilar, aperfeiçoar; pela sociedade em que vive, pelos "valores" que defende, pelas opções que toma, pelos objectivos que tem, e com quem se relaciona.
O ódio, é um sentimento, uma emoção exacerbada de raiva, Quem sofre deste problema, raramente se cura, porque não tem capacidade de discernimento, nem humildade para se submeter ao tratamento; não aceita que está errado; acha que os outros é que estão errados, que são maus; porque o ódio cega. A pessoa cega pelo ódio influencia o fraco, pondo-o ao seu nível.
O ódio, por incapacidade intelectual, procura baixar o nível do seu semelhante para se sentir alguém.
sexta-feira, 25 de julho de 2014
quinta-feira, 10 de julho de 2014
Idílico
Suavemente viajo pela minha memória
Em busca de outros tempos:
Vejo-me embrenhado em fresca vegetação
Cujas pétalas guardam gotas cintilantes,
Da humidade que os raios de sol
Ainda mal acariciaram no amanhecer.
Ainda sinto o odor das hortências,
Da flor da cana-roca ou das rosas;
Que outrora não valorizava.
Mas que os meus cãs, a distância
E o tempo me ensinaram a amar.
Volto a descer falésias abruptas
Sempre envolto em húmida flora,
Seguindo velhos trilhos através
Das copas dos inhames e dos fetos,
Que hão-de levar-me ao mar.
Tropeço aqui, escorrego ali, seguro-me.
Como posso, no primeiro arbusto
Que a minha mão encontra,
E num ápice abre-se diante dos
Meus olhos aquele mar azul,
Quente e translúcido, onde repousam
As minhas origens e memórias,
E onde um dia regressarei; qual "filho
Pródigo que à casa do pai volta".
Viajo pelos labirintos cada vez mais
Esconsos da minha memória,
Quando no meu leito me deito,
Vejo fragas, neblinas e azuis celestes,
Olho o firmamento e o oceano,
Vejo um luar incomum na Terra;
O luar e as estrelas da minha terra.
Em busca de outros tempos:
Vejo-me embrenhado em fresca vegetação
Cujas pétalas guardam gotas cintilantes,
Da humidade que os raios de sol
Ainda mal acariciaram no amanhecer.
Ainda sinto o odor das hortências,
Da flor da cana-roca ou das rosas;
Que outrora não valorizava.
Mas que os meus cãs, a distância
E o tempo me ensinaram a amar.
Volto a descer falésias abruptas
Sempre envolto em húmida flora,
Seguindo velhos trilhos através
Das copas dos inhames e dos fetos,
Que hão-de levar-me ao mar.
Tropeço aqui, escorrego ali, seguro-me.
Como posso, no primeiro arbusto
Que a minha mão encontra,
E num ápice abre-se diante dos
Meus olhos aquele mar azul,
Quente e translúcido, onde repousam
As minhas origens e memórias,
E onde um dia regressarei; qual "filho
Pródigo que à casa do pai volta".
Viajo pelos labirintos cada vez mais
Esconsos da minha memória,
Quando no meu leito me deito,
Vejo fragas, neblinas e azuis celestes,
Olho o firmamento e o oceano,
Vejo um luar incomum na Terra;
O luar e as estrelas da minha terra.
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