sábado, 23 de agosto de 2014

Nostalgia ilhéu

Há muito tempo o mar fez um pacto com os vulcões,
Que bramindo cuspiram lava flamejante que brotou do ventre da Terra.
O sangue negro foi-se acalmando, modelando, esculpindo.
Montes, vales, encostas e fajãs verdejantes surgiram.
Das cinzas férteis nasceram flores, um mar de flores brotaram espontâneas,
Fruto duma constante humidade que o mar sempre presente,
Transpira, e que o ar quente sobe ao alto e se alia ao frio,
Se carrega e encarrega de ir borrifando, antes que tarde, 
E que sem perder tempo depois de acalmar a sede da terra, 
Desliza suavemente, ou aqui e acolá, se atira precipício abaixo, 
Para mais adiante voltar a acalmar por entre fresca e viçosa vegetação 
Sempre em direcção à origem, à água-mãe, 
Fechando o ciclo da Natureza. 

Base Francesa nas Flores

     Foi com imenso gosto e até alguma nostalgia que assisti à visualização dos vídeos "Opération Hortensia" na Biblioteca Pública...