Que bramindo cuspiram lava flamejante que brotou do ventre da Terra.
O sangue negro foi-se acalmando, modelando, esculpindo.
Montes, vales, encostas e fajãs verdejantes surgiram.
Das cinzas férteis nasceram flores, um mar de flores brotaram espontâneas,
Fruto duma constante humidade que o mar sempre presente,
Transpira, e que o ar quente sobe ao alto e se alia ao frio,
Se carrega e encarrega de ir borrifando, antes que tarde,
E que sem perder tempo depois de acalmar a sede da terra,
Desliza suavemente, ou aqui e acolá, se atira precipício abaixo,
Para mais adiante voltar a acalmar por entre fresca e viçosa vegetação
Sempre em direcção à origem, à água-mãe,
Fechando o ciclo da Natureza.
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