Suavemente viajo pela minha memória
Em busca de outros tempos:
Vejo-me embrenhado em fresca vegetação
Cujas pétalas guardam gotas cintilantes,
Da humidade que os raios de sol
Ainda mal acariciaram no amanhecer.
Ainda sinto o odor das hortências,
Da flor da cana-roca ou das rosas;
Que outrora não valorizava.
Mas que os meus cãs, a distância
E o tempo me ensinaram a amar.
Volto a descer falésias abruptas
Sempre envolto em húmida flora,
Seguindo velhos trilhos através
Das copas dos inhames e dos fetos,
Que hão-de levar-me ao mar.
Tropeço aqui, escorrego ali, seguro-me.
Como posso, no primeiro arbusto
Que a minha mão encontra,
E num ápice abre-se diante dos
Meus olhos aquele mar azul,
Quente e translúcido, onde repousam
As minhas origens e memórias,
E onde um dia regressarei; qual "filho
Pródigo que à casa do pai volta".
Viajo pelos labirintos cada vez mais
Esconsos da minha memória,
Quando no meu leito me deito,
Vejo fragas, neblinas e azuis celestes,
Olho o firmamento e o oceano,
Vejo um luar incomum na Terra;
O luar e as estrelas da minha terra.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
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