quinta-feira, 8 de março de 2012

A explicação para os nomes próprios tradicionais

Por que razão nos baptizaram com os nomes de: Maria, José, João, António, Francisco, Conceição, entre muitos outros nomes bíblicos?

O Concílio de Trento aconteceu entre 1545 e 1563. O propósito do Concílio de Trento era fazer frente à Reforma Protestante, (Contra-Reforma) reafirmando as doutrinas tradicionais e arrumando a própria casa. Portanto houve duas reacções distintas, uma na área teológica e outra na área vivencial. Um dos papas teria confessado que Deus permitiu a revolta protestante por causa dos pecados dos homens, "especialmente dos sacerdotes e prelados".

O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III, a fim de estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos, isso em 1546, na cidade de Trento, no Tirol italiano. No Concílio tridentino os teólogos mais famosos da época elaboraram os decretos, que depois foram discutidos pelos bispos em sessões privadas. Interrompido várias vezes, o Concílio durou 18 anos e o trabalho só terminou em 1562, quando a suas decisões foram solenemente promulgadas em sessão pública.

No Concílio de Trento, ao contrário dos anteriores, ficou estabelecida a supremacia dos Papas. Assim é que foi pedido a Pio IV que ratificasse as suas decisões.

Os primeiros países que aceitaram incondicionalmente as resoluções tridentinas foram: Portugal, Espanha, Polónia e os Estados italianos. A França, agitada pelas lutas entre católicos e protestantes, demorou mais de meio século para aceitar oficialmente as normas e dogmas estatuídos pelo Concílio, sendo mesmo o último país europeu a fazê-lo.

Este Concílio teve especial importância para os pesquisadores de genealogia devido a uma das suas resoluções, esta determinava que toda criança, para ser baptizada na Igreja Católica deveria possuir um nome cristão e um sobrenome de família, desta forma, as famílias que ainda não o possuíam foram obrigadas a assumir o termo que os identificasse; o uso de sobrenomes familiares foi então implantado definitivamente.

Fonte: www.benzisobrenomes.com

Aqui chegados, é mais fácil percebermos por que razão os nossos ascendentes colocavam ("eram obrigados") nomes e sobrenomes cristãos aos seus descendentes. Situação esta que se arrastou até ao Século XX, e resquícios na actual centúria
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